Uma operação da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, realizada nesta quinta-feira (16), resultou na prisão de 15 policiais militares suspeitos de envolvimento em um esquema ilegal de proteção de um empresário ligado ao crime organizado. Os agentes são acusados de fornecer segurança privada a um indivíduo sob investigação por suas conexões com uma facção criminosa, além de vazar informações sigilosas que favoreciam o grupo. O empresário, que estava colaborando com investigações e havia se tornado alvo de ameaças, contratou a escolta sem respaldo judicial, utilizando veículos que imitam viaturas policiais.
A investigação teve início em março de 2024, após denúncias anônimas, e revelou que os policiais não apenas prestavam serviços de segurança para o empresário, mas também facilitavam o acesso do crime organizado a informações sensíveis. Entre os acusados, está um tenente da PM, apontado como líder da organização, que coordenava a participação dos demais policiais. Os envolvidos recebiam pagamentos por seus serviços ilegais, enquanto utilizavam métodos de espionagem e vazamento de dados para proteger o empresário e sua rede de atividades ilícitas.
O caso ganhou maior notoriedade após o assassinato do empresário em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde imagens de câmeras de segurança capturaram o momento do atentado. As investigações continuam em andamento, com foco no desmantelamento do esquema de corrupção e na identificação de outros possíveis envolvidos no crime. As provas coletadas, incluindo material genético e análises de comunicação, devem fornecer mais detalhes sobre o alcance das ações dos policiais e suas conexões com o crime organizado.