O Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo prendeu um tenente da Polícia Militar, suspeito de estar envolvido no assassinato de um delator do PCC, ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos em novembro do ano anterior. O oficial foi detido em sua residência, em Osasco, e levado para a Delegacia de Homicídios da capital paulista. Segundo as investigações, ele seria o condutor do veículo de onde partiram os tiros que mataram a vítima. A polícia afirma que há evidências concretas de seu envolvimento no crime, baseado, entre outros fatores, em sua associação prévia com outro suspeito do caso.
A prisão do tenente ocorreu poucos dias depois da detenção de outros policiais militares ligados ao caso. A Corregedoria da PM paulista prendeu, em uma operação recente, 15 militares, incluindo oficiais e um cabo já identificado como um possível executor do crime. A investigação revela que esses policiais estariam envolvidos em um esquema de proteção e escolta do delator, além de vazamento de informações para o crime organizado. A participação de militares em atividades criminosas está sendo alvo de uma ampla apuração, que também investiga vínculos com o PCC.
A vítima, que estava sob proteção devido a um acordo de delação premiada com o Ministério Público, foi acusada de crimes como lavagem de dinheiro e assassinatos relacionados ao PCC. Ele havia revelado detalhes sobre esquemas ilegais da facção e denunciado policiais civis por corrupção. A defesa do tenente preso nega as acusações, alegando que o oficial não estava presente no local do crime e que não fazia parte da segurança da vítima. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo reafirma seu compromisso com a legalidade e assegura que qualquer desvio de conduta será rigorosamente investigado.