A Delegacia da Mulher do Distrito Federal investiga denúncias de assédio sexual feitas por seis mulheres contra um ex-integrante do Conselho Regional de Administração (CRA-DF). De acordo com as vítimas, os abusos ocorreram entre 2023 e 2024, e as situações de assédio foram descritas por comportamentos como tentativas de beijo forçadas e toques inadequados. Algumas mulheres relataram que o acusado teria usado uma postura de autoridade para pressioná-las a participar de situações constrangedoras, inclusive criando um ambiente de medo e constrangimento dentro da instituição.
As denúncias surgiram em um momento sensível para o CRA-DF, coincidindo com o período das eleições para a diretoria do conselho. A defesa do acusado nega as acusações, alegando que as alegações são parte de uma estratégia para prejudicar sua candidatura à reeleição. O acusado se colocou à disposição das autoridades para colaborar com a investigação e afirmou confiar na justiça, destacando que as acusações devem ser tratadas com responsabilidade e seriedade para evitar danos irreparáveis à reputação de pessoas inocentes.
As vítimas, que optaram por não se identificar, relataram também o impacto emocional das ações do acusado, incluindo crises de ansiedade e a necessidade de tratamento psicológico. Além disso, alegaram que ele registrava imagens de mulheres de maneira invasiva, o que contribuiu para o clima de hostilidade no ambiente de trabalho. A investigação continua enquanto o CRA-DF ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.