Em 26 de abril de 2024, um incêndio devastou a Pousada Garoa, em Porto Alegre, deixando 11 mortos e 15 feridos, a maioria de pessoas em situação de vulnerabilidade social. O fogo se espalhou rapidamente pelos quartos da pousada, e alguns hóspedes tentaram escapar se jogando pelas janelas. Embora a causa exata do incêndio não tenha sido determinada, a investigação apontou diversas falhas na estrutura e na segurança do local, como extintores inoperantes e a falta de um plano de prevenção contra incêndios. Além disso, o prédio não atendia aos requisitos legais para funcionar como pousada, o que agravou as condições de risco.
Três pessoas foram indiciadas pelo incêndio, incluindo o proprietário da pousada e dois servidores públicos da Prefeitura de Porto Alegre, por incêndio culposo com resultado de morte. A polícia concluiu que a fiscalização da pousada pela prefeitura foi insuficiente e que as normas de segurança foram desrespeitadas. Relatos de sobreviventes e testemunhas indicaram que a estrutura era precária, com problemas como fiação irregular e más condições de higiene, além da falta de sinalização de emergência e rotas de fuga adequadas.
Apesar das investigações, a causa do incêndio não foi completamente identificada, embora a possibilidade de um curto-circuito tenha sido considerada devido às condições da fiação elétrica. A Polícia Civil também analisou imagens de câmeras de segurança, mas não conseguiu estabelecer uma conexão entre um homem visto antes do fogo e o incidente. O relatório final mencionou que a gravidade do incêndio foi intensificada pela ausência de medidas de segurança e pela falta de preparação do local para um eventual desastre.