A Polícia Civil de Pernambuco indiciou duas pessoas por suspeita de extorsão sexual (sextorsão) contra uma mulher de 50 anos e seu filho de 29. O crime, que teve início em novembro de 2024, envolveu ameaças anônimas via WhatsApp, nas quais os golpistas exigiam uma quantia de R$ 30 mil em troca de não divulgarem fotos e informações pessoais da vítima. As ameaças alegavam que a mulher e seu marido participavam de encontros de swing, e os suspeitos ameaçaram tornar públicas essas práticas caso não fosse paga a quantia exigida.
As investigações da polícia revelaram que as ameaças foram orquestradas pelo enteado da vítima, que teria fornecido informações sobre ela a uma mulher especializada em fraudes eletrônicas. A autora das ameaças, natural da Bahia, utilizou fotos da vítima retiradas de um site de encontros para pressioná-la. O enteado, com antecedentes criminais, já havia sido preso anteriormente por estelionato e falsidade ideológica, além de responder a processos relacionados a crimes organizados.
O caso foi descoberto quando o filho da mulher, um empresário de Recife, recebeu uma ameaça de um número desconhecido e procurou a mãe para esclarecimentos. Ao verificar que a mesma ameaça havia sido feita diretamente à vítima, a situação foi levada à polícia, que iniciou as investigações. A prisão dos suspeitos e a descoberta do esquema evidenciam o aumento de crimes virtuais e a utilização de plataformas digitais para práticas criminosas, incluindo a sextorsão.