O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que a Polícia Federal (PF) aumentou em 70% as apreensões de bens e dinheiro provenientes do crime organizado em 2024, totalizando R$ 5,6 bilhões, contra R$ 3,3 bilhões registrados no ano anterior. Lewandowski destacou que esse aumento reflete o esforço da PF em desarticular facções criminosas e reduzir sua capacidade de ação no país. Entre os destaques, a PF também concluiu investigações importantes, como o caso da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, cuja resolução foi comemorada como uma vitória no combate à impunidade.
Além das apreensões de bens, a Polícia Federal registrou um aumento nas apreensões de drogas, como cocaína, maconha e ecstasy, além de redução nas emissões de registros e portes de armas de fogo. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, atribuiu a queda na emissão de armas à política adotada pelo governo atual, que visa restringir a concessão de registros facilitados durante o governo anterior. As apreensões de drogas, por sua vez, indicam um aumento na fiscalização e ações contra o tráfico no país.
A PF também contribuiu significativamente para a redução do desmatamento, que caiu 30% em 2024, passando de 16.500 km² para 11.500 km². Rodrigues enfatizou a importância da cooperação internacional para o combate ao crime organizado, mencionando a eleição de um delegado brasileiro para um cargo na Interpol. Ele reforçou a necessidade de integrar esforços globais para combater crimes transnacionais, como o tráfico de drogas e crimes ambientais.