A Polícia Federal está avaliando três pedidos de abertura de inquérito que envolvem o Ministério da Fazenda. O primeiro pedido foi feito pela própria pasta, solicitando investigação sobre a autoria de um vídeo adulterado que circulou na internet, no qual um ministro da área aparece fazendo declarações falsas sobre a taxação de diversos itens. O vídeo foi manipulado com o uso de inteligência artificial, alterando a voz e as falas do ministro, e gerou polêmica nas redes sociais. Em resposta, o ministro publicou um vídeo desmentindo o conteúdo falso.
O segundo pedido partiu da Advocacia-Geral da União (AGU), que requisitou apuração sobre a disseminação de notícias falsas relacionadas à taxação do Pix, um sistema de pagamento instantâneo. Boatos que circularam na internet acabaram gerando confusão e forçaram o governo a suspender uma norma da Receita Federal. Além disso, a AGU pediu que a Polícia Federal investigasse a criação de perfis e sites falsos que se passavam por instituições governamentais para aplicar golpes, como o envio de boletos falsificados.
O terceiro pedido também foi feito pelo Ministério da Fazenda, e visa investigar o uso indevido do CPF do ministro. Segundo a denúncia, o número de seu documento foi compartilhado em grupos de mensagens com o intuito de fraudulento, como a inclusão de gastos falsos para gerar uma investigação fiscal. A Polícia Federal ainda analisa esses pedidos para determinar se há base para abertura de inquéritos. Após a triagem inicial, os casos podem ser encaminhados para as diretorias especializadas ou descartados se não houver indícios suficientes de crime.