Uma operação policial realizada pela Polícia Civil no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) gerou grandes repercussões, incluindo críticas à abordagem das autoridades e à segurança dos envolvidos. A operação, parte da “Operação Torniquete”, visa combater o roubo e o tráfico de cargas, mas resultou em um confronto armado dentro do campus, com pelo menos uma morte confirmada e mais de um ferido. A Fiocruz denunciou que a polícia entrou no local sem prévio aviso, agindo de forma agressiva e colocando em risco a integridade de seus funcionários e frequentadores. Durante o confronto, um tiro atingiu o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, ferindo uma funcionária com estilhaços de vidro.
Além do incidente envolvendo o tiro, a operação também resultou na detenção de um supervisor de segurança terceirizado, acusado de colaborar com os criminosos em fuga. A Fiocruz afirmou que a ação policial foi arbitrária e afirmou que a segurança de seus trabalhadores, pesquisadores e estudantes foi comprometida. O sindicato dos trabalhadores da instituição também manifestou repúdio à operação, destacando a vulnerabilidade dos presentes no campus, incluindo crianças que participavam de atividades recreativas no momento da ação.
A Polícia Civil, por sua vez, defendeu a operação como uma medida necessária para combater o tráfico e as facções criminosas da região, que segundo a corporação, frequentemente buscam abrigo em prédios públicos. A operação resultou na apreensão de armas e drogas, além da prisão de dois funcionários terceirizados. A investigação seguirá para verificar se houve colaboração entre a instituição e os criminosos. O caso gerou um intenso debate sobre a segurança nas operações policiais e o impacto nas comunidades acadêmicas e científicas.