Na última sexta-feira (24), materiais apreendidos durante a Operação Scream Fake revelaram novas informações sobre a ligação entre uma facção criminosa e uma organização não governamental (ONG) que atuava em favor de mudanças no sistema penitenciário brasileiro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a ONG foi criada e mantida pela facção, que utilizava a organização como parte de suas atividades de reivindicação e desestabilização do sistema de justiça criminal.
A investigação aponta que a ONG estava envolvida em ações judiciais ilegítimas, incluindo manifestações populares e denúncias infundadas, com o objetivo de gerar controvérsias públicas e minar a confiança nas autoridades estatais. A atuação do “Quarto Setor”, que seria responsável por essas ações, visava manipular a opinião pública contra o poder judicial e o sistema penitenciário, conforme informado pela SSP.
No dia 14 de janeiro, a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram a Operação Scream Fake, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em diversas cidades de São Paulo e no Paraná. A operação visou desarticular membros da ONG envolvidos com o crime organizado e buscar provas adicionais sobre os vínculos entre a organização e a facção criminosa.