Na manhã de terça-feira (14), a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram uma operação contra advogados e líderes de uma ONG, suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em várias cidades do estado de São Paulo e no Paraná, incluindo São Paulo, Guarulhos, Ribeirão Preto e Londrina. As investigações começaram há cerca de três anos, a partir de uma tentativa de entrada de materiais proibidos em uma penitenciária no interior paulista.
Segundo as autoridades, os advogados atuavam em um setor da facção criminosa conhecido como “gravatas”, responsáveis pela assistência jurídica, mas também pela gestão de outros setores da organização, como saúde e financeiro. No setor de saúde, médicos e dentistas eram selecionados para prestar serviços dentro das penitenciárias, incluindo procedimentos cirúrgicos e estéticos, sem saber da ligação com a facção criminosa. Esses profissionais recebiam grandes valores pelos atendimentos.
Além disso, os investigadores identificaram que a organização criminosa financiava esses serviços com recursos provenientes de práticas ilegais, intermediados por uma área financeira. A operação ainda está em andamento, e o Ministério Público de São Paulo não forneceu mais informações até o momento da publicação.