Uma operação da Polícia Civil de São Paulo resultou no cumprimento de 12 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra advogados e líderes de uma organização não governamental (ONG), que estaria atuando como fachada para atividades criminosas relacionadas à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A ONG, localizada em São Bernardo do Campo, foi criada para organizar protestos e falsas denúncias de tortura envolvendo membros da facção. A investigação teve início após a apreensão de cartões de memória com informações sobre a organização criminosa.
A operação também revelou que advogados ligados ao PCC estariam contratando profissionais da saúde para realizar procedimentos estéticos e cirúrgicos em presos de alta periculosidade, disfarçados como tratamentos médicos. Entre os procedimentos estavam clareamento dentário e outras intervenções que eram solicitadas judicialmente como se tivessem caráter de saúde. Os envolvidos nas atividades de saúde não foram acusados de crimes, sendo que muitos alegaram desconhecimento sobre a verdadeira natureza dos serviços prestados.
Além disso, documentos apreendidos indicaram planos para manifestações em todo o país, inclusive sugerindo ações violentas contra autoridades públicas. As investigações continuam em andamento, com foco em identificar e desmantelar a rede de apoio à facção criminosa, que utiliza meios legais e instituições como fachada para suas operações ilícitas. A Polícia Civil está aprofundando a apuração sobre a atuação da ONG e a conexão entre advogados, membros do PCC e outros colaboradores.