Muitos medicamentos modernos têm origem em práticas antigas de uso de plantas medicinais, que eram baseadas no conhecimento popular sobre as propriedades terapêuticas de substâncias naturais. Embora os fármacos sintéticos tenham se tornado predominantes, as plantas medicinais e os fitoterápicos continuam a ser utilizados como alternativas ou complementos no tratamento de diversas condições, oferecendo uma abordagem acessível e integrada à tradição cultural. Essas plantas, quando utilizadas corretamente, desempenham um papel importante no cuidado com a saúde.
A farmacêutica Luciana Calazans explica que as plantas medicinais são aquelas que podem aliviar ou curar doenças e são usadas tradicionalmente em diversas comunidades. No entanto, a utilização dessas plantas deve ser cuidadosa, pois elas contêm princípios ativos que podem causar reações adversas, especialmente quando utilizadas de forma incorreta. A recomendação é que o uso dessas substâncias seja orientado por profissionais da saúde, como médicos, nutricionistas ou farmacêuticos, para evitar riscos, como interações medicamentosas indesejadas, efeitos sinérgicos ou intensificação de efeitos adversos.
Além disso, o preparo adequado das plantas é fundamental para garantir sua eficácia e segurança. Dependendo da planta e do fitoquímico que se deseja extrair, o método de preparo pode variar, como no caso de infusões ou decoctos. A Anvisa, por meio do Formulário de Fitoterápicos – Farmacopeia Brasileira, estabelece normas claras sobre as quantidades, formas de uso e contraindicações, fornecendo orientações que buscam garantir a qualidade e segurança dos fitoterápicos. O conhecimento da procedência e do modo de utilização correto é essencial para prevenir efeitos colaterais e garantir os benefícios terapêuticos.