Em 2024, os brasileiros realizaram transferências no valor de R$ 26,455 trilhões por meio do Pix, um aumento significativo de 54% em relação ao ano anterior. O total de operações também foi expressivo, com 63,51 bilhões de transações, um aumento de 52,4% comparado a 2023. No entanto, o início de 2025 viu a maior queda no volume de transações no mês de janeiro desde o lançamento do sistema em 2020, com uma redução de 15,3% nas operações em comparação ao período de 1 a 14 de dezembro de 2024.
A queda nas transações foi atribuída em parte à circulação de informações falsas sobre possíveis taxações sobre o Pix, o que gerou incerteza entre os usuários. Embora o Banco Central tenha declarado que o recuo no número de transações é normal para o início do ano, a desinformação causou um impacto nas operações. Além disso, em um contexto de crescente circulação de fake news, a Receita Federal havia anunciado mudanças nas regras de monitoramento de transações financeiras, o que acabou gerando confusão e desinformação sobre novas cobranças ou fiscalizações.
Diante da repercussão negativa e das notícias enganosas, a Receita Federal decidiu revogar as novas regras de monitoramento financeiro, evitando prejudicar ainda mais o debate público sobre o tema. A decisão foi tomada com o objetivo de esclarecer a situação e impedir que criminosos se aproveitassem da confusão para realizar cobranças indevidas. Apesar das tentativas de esclarecimento, as notícias falsas continuaram a gerar um alto engajamento, o que levou à necessidade de uma revisão das normas propostas.