Quatro anos após seu lançamento, o Pix atingiu um marco significativo em 2024, com uma aceleração no uso como meio de pagamento no comércio. Dados do Banco Central e das empresas de maquininhas indicam que, em 2024, o Pix passou a ser adotado de forma mais ampla, especialmente no varejo físico, com a introdução do Pix por aproximação, que elimina a necessidade de abrir o aplicativo bancário para realizar pagamentos. Em novembro, as transações de pessoas para empresas representaram 40% do total de pagamentos realizados via Pix, evidenciando seu crescimento no comércio.
Além do varejo físico, o Pix tem conquistado relevância no ambiente digital, substituindo pagamentos via boleto bancário, que tradicionalmente apresentavam mais desistências por conta de sua demora. A expectativa do mercado é que o sistema ainda tenha um grande potencial de expansão, principalmente entre micro e pequenas empresas, que se beneficiam da liquidação instantânea 24/7. Esse aumento na aceitação do Pix também é impulsionado pela demanda dos consumidores, que passaram a preferir essa forma de pagamento em locais como restaurantes e lojas.
O futuro do Pix está voltado para seu uso no mercado corporativo, onde a transação entre empresas ainda é dominada por outros meios, como TED. Contudo, a integração do Pix com sistemas de automação comercial pode abrir novos horizontes, movimentando um mercado de R$ 5 trilhões anuais. O Itaú, por exemplo, já oferece parcelamento de Pix para empresas pagarem fornecedores, enquanto a Cielo utiliza o sistema para antecipação de recebíveis, demonstrando a flexibilidade do Pix no cenário corporativo.