A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contra o pedido de prisão domiciliar feito por um deputado federal, que está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande. A defesa alegou a necessidade de uma cirurgia cardíaca devido a complicações de saúde, incluindo problemas cardíacos crônicos e risco de insuficiência renal. No entanto, a PGR argumentou que, embora o parlamentar tenha histórico de doenças cardíacas, não há evidências claras de que ele precise de uma cirurgia imediata. A PGR sugeriu que ele fosse autorizado a realizar uma consulta médica e exames dentro da unidade prisional.
O deputado, que responde a acusações graves em um caso de homicídios, não apresentou novos episódios de infarto, mas os relatórios médicos indicam risco elevado de complicações cardiovasculares. A defesa argumentou que o tratamento no ambiente carcerário seria inadequado, citando a dificuldade de recuperação e o histórico de outras condições de saúde, como diabetes e hipertensão, que podem agravar sua situação clínica. A PGR, por sua vez, afirmou que a equipe de saúde da penitenciária está capacitada para monitorar o estado de saúde do preso e realizar encaminhamentos médicos adequados em caso de emergência.
O processo judicial relacionado ao deputado está em fase final no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele e outros réus são acusados de envolvimento em um caso de homicídio ocorrido em 2018, e ainda não há previsão para o julgamento. Enquanto isso, a questão sobre a possibilidade de prisão domiciliar continua sendo debatida, com a decisão a cargo do relator do caso no STF.