O ano de 2024 marcou uma reviravolta na pauta de exportações do Brasil, com o petróleo superando a soja como principal produto exportado. As vendas de petróleo bruto atingiram US$ 44,8 bilhões, correspondendo a 13,3% das exportações totais do país, enquanto a soja caiu para 12,7% com uma receita de US$ 42,9 bilhões. Esse crescimento do petróleo foi impulsionado pela alta produção no pré-sal, especialmente nos campos de Tupi, Búzios e Mero, que agora representam a maior parte da produção nacional de petróleo, com destaque para Tupi, que atingiu 1,1 milhão de barris por dia no terceiro trimestre de 2024.
O pré-sal, uma das maiores descobertas geológicas do Brasil, foi responsável por consolidar a soberania energética do país, garantindo uma produção abundante e de alta qualidade. O Brasil, que iniciou a produção no pré-sal em 2008, agora depende fortemente dessa fonte para manter sua produção de petróleo. A Petrobras, com sua tecnologia avançada, domina essa produção, respondendo por quase 98% do petróleo extraído do pré-sal, além de colaborar com grandes multinacionais do setor. As inovações tecnológicas, como a reinjeção de CO² nos reservatórios, têm sido cruciais para aumentar a eficiência e reduzir a pegada de carbono da exploração.
Em termos de receitas, o modelo de partilha de produção, implementado no pré-sal, tem se mostrado altamente lucrativo para a União, que arrecadou R$ 10,32 bilhões em 2024. As previsões indicam que essa arrecadação pode chegar a R$ 506 bilhões até 2034. Com o objetivo de explorar novas fronteiras petrolíferas, a Petrobras está voltada para regiões como a margem equatorial e a Bacia de Pelotas, áreas com grande potencial de descoberta devido a semelhanças geológicas com outras regiões produtoras, como Uruguai e África. Até 2029, a empresa planeja investir US$ 79 bilhões na exploração dessas novas fronteiras.