Os contratos futuros de petróleo fecharam com uma queda próxima de 2% nesta segunda-feira, 27, marcando o oitavo dia consecutivo de desvalorização. O movimento foi influenciado por uma aversão ao risco no mercado, que envolveu a liquidação de ações tecnológicas, preocupações sobre novas tarifas dos EUA, após ameaças do presidente Donald Trump à Colômbia, e dados econômicos abaixo das expectativas na China. O petróleo WTI para março fechou a US$ 73,17 o barril, enquanto o Brent para abril foi negociado a US$ 76,18 o barril.
Além desses fatores, os investidores seguiram atentos às perspectivas para a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), que sinalizou a continuidade de sua política de restrição à oferta. A expectativa é de que a aliança liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia mantenha as atuais restrições até abril, quando as reduções poderão ser mais gradativas. A pressão do presidente dos EUA para reduzir os preços do petróleo não deve alterar o rumo do grupo, de acordo com a maioria dos analistas e traders consultados.
Outros fatores impactaram o mercado, como o ataque de drones à refinaria de petróleo de Ryazan, na Rússia, que resultou em danos significativos à infraestrutura e ao armazenamento de óleo, além de uma redução na produção do campo de Rumaila, no Iraque, devido a um incêndio. Embora as circunstâncias tenham afetado a produção, o mercado segue mais focado nos indicadores globais e na política da Opep+, que deverá manter sua postura de cautela no curto prazo.