Os contratos futuros de petróleo registraram queda na última sexta-feira, 17, influenciados pela redução das tensões no Oriente Médio, principalmente após o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Esse desfecho, aliado a possíveis desescaladas com o Irã e o grupo Houthi no Iémen, diminuiu os prêmios de risco do petróleo. Além disso, o fortalecimento do dólar também pressionou os preços da commodity, que fecharam a sessão em queda. No entanto, o petróleo ainda conseguiu registrar ganhos ao longo da semana.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou a US$ 77,39, recuando 0,59%, enquanto o Brent para o mesmo mês caiu 0,61%, a US$ 80,79. Mesmo com a queda diária, ambos os contratos apresentaram alta semanal, com ganhos de 2,15% e 1,12%, respectivamente. As negociações no mercado continuam influenciadas por fatores geopolíticos, como o estreitamento das relações entre Rússia e Irã, além das previsões da Opep sobre um possível déficit de oferta no mercado de petróleo.
No âmbito interno dos Estados Unidos, o número de plataformas de petróleo em operação caiu em duas unidades na última semana, somando 478, de acordo com dados da Baker Hughes. O Swissquote Bank e o ING apontam que os riscos geopolíticos e as possíveis sanções contra países produtores como Venezuela e Irã podem sustentar os preços do petróleo, mesmo diante das recentes quedas. Já o Commerzbank acredita que o mercado petrolífero continuará sendo afetado por uma oferta limitada, o que poderia levar a uma recuperação nos preços a médio prazo, especialmente se o fornecimento de petróleo de países-chave como Rússia, Irã e Venezuela for impactado por sanções.