Os preços dos contratos futuros de petróleo registraram queda nesta quinta-feira, refletindo um alívio nas tensões geopolíticas no Oriente Médio. O WTI, negociado na Bolsa de Nova York, recuou 1,09%, encerrando o dia a US$ 77,85 por barril. O Brent, referência global negociado na ICE, caiu 0,90%, fechando a US$ 81,29 por barril. A redução das hostilidades na região do Mar Vermelho, com sinais de cessar-fogo por parte de grupos rebeldes após o acordo entre Israel e Hamas, foi apontada como um dos fatores para a desvalorização da commodity.
Embora o impacto imediato do conflito no Oriente Médio sobre o mercado tenha sido limitado, o consenso entre analistas é que a diminuição do risco de escalada na região, envolvendo países como o Irã, traz maior estabilidade aos preços. No entanto, as incertezas sobre as sanções mais rigorosas impostas pelos EUA ao comércio de petróleo da Rússia continuam no radar. Segundo especialistas, estas sanções representam uma das medidas mais significativas desde o início do conflito na Ucrânia, elevando questionamentos sobre seu impacto no mercado global de petróleo.
Analistas projetam que o superávit global de petróleo esperado para este ano poderá pressionar os preços para níveis ainda mais baixos, especialmente em um cenário de sanções ao petróleo russo. Apesar da força atual dos preços, a perspectiva é de que esse patamar não seja sustentável no médio prazo, reforçando a expectativa de ajustes nos mercados em resposta às dinâmicas de oferta e demanda.