Os contratos futuros de petróleo apresentaram queda nesta quarta-feira (22), reflexo das expectativas sobre um aumento nas licenças de perfuração sob a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, o que poderia gerar um cenário de superprodução. Além disso, as cotações reagiram ao risco de tarifas e sanções econômicas à Rússia, em caso de prolongamento da guerra na Ucrânia. O petróleo WTI, para o mês de março, caiu 0,51%, a US$ 75,44 o barril, enquanto o Brent teve uma queda de 0,36%, a US$ 79,00 o barril.
Especialistas destacam que as incertezas sobre as sanções ao Irã e os impactos das políticas tarifárias de Trump, especialmente contra o Canadá e o México, podem influenciar o mercado de petróleo. A possibilidade de um fechamento da guerra na Ucrânia também é vista como um fator que pode alterar o comportamento das cotações, com alguns analistas, como o TD Securities, prevendo aumentos temporários caso novas sanções mais severas sejam aplicadas à Rússia.
Por outro lado, a Opep+ enfrenta um cenário de superprodução, com um volume diário de mais de um milhão de barris a mais do que a demanda, o que limita o potencial de altas sustentáveis nos preços. A capacidade ociosa de produção, estimada em mais de cinco milhões de barris por dia, também é um fator que contribui para o cenário de baixa nos preços. A revisão das previsões de preço por instituições como Citigroup indica uma estabilidade em preços mais baixos, com o Brent projetado para US$ 75 no primeiro trimestre e US$ 68 no segundo.