Os contratos futuros de petróleo fecharam com valorização superior a 3% nesta sexta-feira (10), impulsionados por expectativas de aumento na demanda durante o inverno no Hemisfério Norte e especulações sobre novas restrições dos Estados Unidos à Rússia. O petróleo WTI para fevereiro subiu 3,58%, atingindo US$ 76,57 o barril, enquanto o Brent para março avançou 3,69%, alcançando US$ 79,76 o barril. Com esse desempenho, o WTI e o Brent registraram sua terceira semana consecutiva de alta, com aumentos acumulados de 3,52% e 4,4%, respectivamente.
O preço do Brent chegou a superar os US$ 80 o barril pela primeira vez desde outubro de 2024, refletindo a intensificação das medidas do governo dos EUA contra o setor petrolífero russo. A expectativa é que novas sanções possam reduzir ainda mais as exportações russas de petróleo, o que deve pressionar os preços para cima. Além disso, uma possível interrupção no fornecimento de petróleo russo para a Índia poderia redirecionar os refinadores indianos para outras fontes de petróleo, como o Oriente Médio e os Estados Unidos, o que também ajudaria a manter os preços elevados.
Apesar dessa recuperação recente nos preços, analistas destacam que os dados econômicos da China podem frear o otimismo do mercado. A expectativa de que a demanda por petróleo do país, maior consumidor mundial, não se recupere de forma significativa em 2025 coloca uma pressão sobre os preços a longo prazo. Além disso, a previsão de aumento na oferta de petróleo pela Opep a partir de abril de 2025 também pode contribuir para uma desaceleração na alta do Brent, com estimativas de que o preço do barril caia para cerca de US$ 70 até o final do próximo ano.