Com a recente alta do preço do petróleo no mercado internacional, que superou os US$ 80 por barril, a Petrobras esclareceu que não repassará automaticamente essa volatilidade para os preços internos. A empresa afirmou que a estratégia visa garantir períodos de estabilidade para os consumidores, e que a decisão de ajustar preços está sendo analisada com base nos fundamentos de mercado e questões concorrenciais. A companhia ainda evitou antecipar reajustes para os preços da gasolina e do diesel, mesmo com a defasagem registrada, que atingiu 22% no diesel e 13% na gasolina, em relação aos valores internacionais.
A Petrobras também destacou que não é responsável pela formação do preço final pago pelos consumidores nos postos, já que o valor nos postos inclui outros custos, como tributos, a mistura obrigatória de biodiesel no diesel, e margens de distribuição e revenda, sobre os quais a estatal não tem influência direta. Além disso, a empresa esclareceu que, em 2024, o único reajuste realizado no preço da gasolina foi em julho, com um aumento de R$ 0,15 por litro, enquanto no diesel não houve reajustes em 2024, após algumas reduções em 2023.
A companhia explicou que, em média, o preço praticado pela Petrobras nas refinarias representa uma parcela significativa do preço final pago pelo consumidor, mas que outros fatores também influenciam esse valor. Atualmente, a Petrobras vende a gasolina para as distribuidoras a um preço médio de R$ 2,21 por litro e o diesel por R$ 3,03 por litro, valores que, somados aos custos adicionais, determinam o preço final nas bombas.