Nas últimas semanas, o debate sobre o possível reajuste nos preços dos combustíveis pela Petrobras, especialmente o diesel, ganhou atenção. Inicialmente, um aumento parecia iminente, mas recentes declarações indicam que ele pode demorar a ocorrer. Apesar dessa incerteza, o JPMorgan mantém uma visão positiva sobre a empresa, recomendando a compra de seus ativos. O banco acredita que a Petrobras continuará a ser uma boa opção para investidores, independentemente dos ajustes de preço, e destaca que o aumento nos custos de combustíveis é uma questão delicada para qualquer governo.
O JPMorgan também observou que o impacto dos combustíveis nos índices de inflação é considerável no Brasil, mas ressaltou que a política de preços da Petrobras visa mitigar a volatilidade de curto prazo. Em reunião recente do conselho da estatal, foi discutida a execução da política de preços de combustíveis, sem que haja sinais de violação dessa estratégia. O banco apontou que, apesar do desconto atual em relação à paridade internacional, a empresa não está subsidiando os combustíveis, o que seria um cenário mais problemático.
No cenário econômico, um aumento no ICMS sobre a gasolina, previsto para fevereiro, deve impactar a inflação, mas com efeitos limitados. Embora a diferença entre os preços internacionais e domésticos tenha diminuído, o JPMorgan projeta um aumento nos preços de atacado da gasolina e do diesel ao longo do ano, sem especificar um cronograma exato. A Petrobras permanece uma escolha atrativa para os investidores, graças à sua posição sólida no mercado de petróleo, geração de receita em dólares e custos de produção competitivos, com um dividend yield estimado de 10% para 2025.