A Petrobras enfrenta desafios devido à valorização do dólar, que tem impactado os preços dos combustíveis no Brasil. A empresa, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantém a expectativa de segurar os preços por mais tempo para não agravar a inflação neste início de 2025, aguardando uma possível queda do dólar. Atualmente, a gasolina apresenta uma defasagem de 13%, e o diesel, de 19%, o que tem gerado reclamações de importadores privados que enfrentam custos mais altos para competir com os preços mais baixos da estatal.
A Petrobras tem conseguido resistir, em parte, devido à estabilidade do preço do barril de petróleo, que está na casa dos US$ 75, permitindo à empresa não ajustar os preços de combustíveis no curto prazo. Contudo, há um receio entre investidores de que a manutenção dessa política de preços possa gerar prejuízos financeiros, como ocorreu durante o governo de Dilma Rousseff, quando a empresa enfrentou uma das maiores crises de endividamento de sua história.
No ano de 2024, a Petrobras não alterou os preços do diesel e fez apenas um aumento moderado de 7,04% na gasolina em julho. A estatal, por sua vez, defende que sua atual política de preços visa garantir a sustentabilidade financeira da empresa, mantendo a rentabilidade e o cumprimento de seus planos de investimento, sem transferir a volatilidade cambial para os consumidores.