A pesquisa Firmus, divulgada pelo Banco Central na segunda-feira, 13, aponta uma queda na percepção das empresas não financeiras sobre a situação econômica do Brasil. O número de empresas que veem um sentimento discretamente negativo aumentou de 29,5% em outubro para 36,8% na última coleta. Ao mesmo tempo, diminuiu a proporção dos que enxergam um sentimento discretamente positivo, passando de 42,1% para 33,8%. A pesquisa também revelou um aumento no número de empresas que percebem um sentimento fortemente negativo, de 1,1% para 5,1%.
Sobre as expectativas de crescimento para 2025, a maioria das empresas (41,2%) espera um desempenho ligeiramente superior ao Produto Interno Bruto (PIB). Outros 32,4% projetam crescimento alinhado com o PIB, enquanto 12,5% preveem um crescimento acima da média. Quanto à margem de lucro, 43,4% das empresas esperam que ela se mantenha estável, enquanto 39,7% apostam em uma melhoria discreta. Em relação aos custos de mão de obra, 66,9% dos respondentes preveem um aumento entre 4% e 6% nos próximos 12 meses.
A pesquisa também abordou as expectativas de variação nos preços e no câmbio. A maioria (49,3%) das empresas acredita que os preços dos produtos deverão acompanhar a inflação medida pelo IPCA. Quanto ao câmbio, 66,9% esperam que o dólar varie entre R$ 5,50 e R$ 5,75 nos próximos seis meses, com uma parcela significativa (21,3%) prevendo que a moeda americana possa chegar a R$ 6,00. Esses resultados refletem uma visão de maior cautela e incerteza sobre a economia brasileira nos próximos meses.