O relatório “Perspectivas Econômicas Globais” do Banco Mundial, divulgado em janeiro de 2025, projeta um crescimento de 2,2% para a economia brasileira em 2025, ligeiramente inferior ao 3,2% estimado para 2024. Para 2026, a expectativa de crescimento se mantém moderada, com 2,3%. O estudo aponta que o Brasil, juntamente com outros países em desenvolvimento, enfrenta desafios significativos para alcançar níveis de crescimento mais robustos, o que dificultará o progresso necessário para reduzir a pobreza e atingir objetivos mais amplos de desenvolvimento. O Brasil, em particular, é impactado por políticas monetárias restritivas e taxas de juros elevadas, além da desaceleração da demanda da China, que afetou as exportações.
Embora a economia global deva crescer a uma taxa de 2,7% em 2025 e 2026, as economias em desenvolvimento, como o Brasil, devem enfrentar dificuldades para manter essa tendência. O relatório também destaca que, apesar da queda das taxas de juros na maior parte da América Latina, o Brasil e o México continuam com taxas elevadas, o que limita a recuperação econômica. O crescimento da Argentina, impulsionado pelo superávit comercial, e a robusta performance da Guiana, devido à exploração de petróleo, contrastam com o panorama mais fraco de outras economias da região.
O Banco Mundial também aponta que as economias dos países em desenvolvimento foram responsáveis por 60% do crescimento global nas últimas décadas, mas os próximos 25 anos prometem ser mais desafiadores. Entre os obstáculos identificados estão altos níveis de endividamento, baixo crescimento de investimentos e produtividade, além do aumento dos custos relacionados às mudanças climáticas. A previsão é que, à medida que a recuperação da Argentina e a normalização das taxas de juros fortaleçam a América Latina, a região registre um crescimento de 2,5% em 2025, com perspectivas de leve aceleração nos anos seguintes.