O desempenho abaixo do esperado dos índices de gerentes de compras (PMIs) da China em janeiro aponta para uma perda de ímpeto na atividade econômica do país, conforme análise da Capital Economics. A consultoria destaca, no entanto, que a desaceleração deve ser temporária, especialmente devido ao impacto potencialmente positivo da expansão fiscal recentemente anunciada pelo governo chinês. Essa medida busca estimular a economia após a desaceleração observada no início de 2025.
Os dados do PMI do setor não manufatureiro da China, que caiu de 52,2 pontos em dezembro para 50,2 em janeiro, refletem a desaceleração, mas ainda indicam que a economia do país segue em expansão, uma vez que os valores acima de 50 pontos sugerem crescimento. A Capital Economics observa que, apesar dessa queda, a expansão fiscal pode ajudar a reverter o quadro, mas existem desafios estruturais que dificultam uma recuperação robusta.
A consultoria mantém uma visão cautelosa quanto à sustentabilidade da recuperação econômica, citando fatores adversos, como os ventos contrários estruturais e a possibilidade de um aumento significativo nas tarifas dos Estados Unidos sobre as exportações chinesas. Esses elementos podem dificultar a retomada do crescimento econômico, colocando pressão adicional sobre a China nos próximos meses.