O percevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo), uma espécie originária da China, foi registrado pela primeira vez no Brasil por Yan Lima, biólogo responsável pela descoberta. Este inseto, conhecido por liberar um odor desagradável como método de defesa, se alimenta de uma ampla variedade de plantas e pode causar desequilíbrios ambientais. Ele já foi encontrado 22 vezes na Baixada Santista, em São Paulo, sendo sua maior incidência em Santos. Embora ainda não tenha gerado grandes danos no Brasil, especialistas alertam para os riscos que a espécie representa, como a possibilidade de se tornar uma praga invasora e afetar a agricultura e o equilíbrio ambiental.
O ciclo de vida do percevejo-de-pintas-amarelas é de aproximadamente 4 a 6 semanas, e ele pode atingir até 1,5 cm de comprimento. Apesar de sua origem asiática, onde é considerado uma praga agrícola, no Brasil não há dados suficientes para avaliar seu impacto nas plantações. A principal hipótese é que o inseto tenha chegado ao país por meio de navios, transportado em contêineres, dado que nunca foi registrado anteriormente na América Latina.
Embora o percevejo não represente risco imediato à saúde humana, o acompanhamento contínuo é essencial para evitar que se espalhe ainda mais. Especialistas recomendam que a população registre avistamentos da espécie no sistema iNaturalist, para contribuir com a criação de uma base de dados sobre a biodiversidade. O Ministério da Agricultura foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o caso.