Muitas pessoas encontram dificuldades para atingir a quantidade recomendada de exercícios semanais, mas estudos demonstram que até mesmo uma quantidade reduzida pode trazer benefícios significativos para a saúde cardiovascular. Para quem parte de um nível de condicionamento físico baixo, atividades como caminhada rápida ou ciclismo por uma a duas horas semanais podem reduzir o risco de doenças cardíacas em até 20%. No entanto, os ganhos de saúde diminuem conforme o tempo de exercício aumenta, alcançando um pico após quatro a seis horas de atividade por semana.
Em casos de treinamento intenso, como o realizado por atletas, os benefícios no risco cardiovascular não aumentam consideravelmente após quatro a seis horas de exercício semanal. Porém, mudanças estruturais no coração, como aumento da musculatura cardíaca e dilatação das câmaras do coração, podem ocorrer. Esses ajustes são típicos em treinamentos mais longos e podem contribuir para um condicionamento físico superior e até mesmo melhorias em competições de resistência, como maratonas. Esse tipo de transformação, antes restrito a atletas de elite, pode ser alcançado por pessoas dispostas a investir em treinos regulares.
Para quem tem dificuldades em encontrar tempo, o treino intervalado de alta intensidade (HIIT) surge como uma alternativa eficaz, proporcionando resultados em menos tempo. Apesar de sua curta duração, o HIIT pode reduzir a pressão arterial e o colesterol, sendo uma excelente opção para quem busca melhorar a saúde cardiovascular. Contudo, é essencial ter cautela para aqueles com condições cardíacas, já que exercícios extenuantes podem ser desaconselhados. Por fim, mesmo a prática esporádica, como exercícios concentrados nos finais de semana, ainda oferece benefícios significativos para a saúde do coração.