A defesa de um tenente-coronel preso preventivamente solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as visitas ao militar sejam retomadas após a suspensão do direito de visita imposta pelo ministro Alexandre de Moraes. A suspensão ocorreu depois que a irmã do oficial tentou entrar na prisão levando um panetone contendo eletrônicos escondidos, como um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória. O material foi interceptado pelos militares do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, e a visita foi interrompida.
Os advogados do tenente-coronel afirmaram que o acusado não sabia da tentativa de sua irmã de entrar com os itens proibidos e que ela agiu de forma isolada, sem envolvimento de outros familiares ou do próprio preso. A defesa ainda argumentou que não há provas de que os objetos estivessem destinados ao uso do militar e pediu que, em vez de suspender todas as visitas, a proibição se aplicasse apenas à irmã do oficial, permitindo que outros familiares mantivessem o contato.
O tenente-coronel está detido desde dezembro de 2022, sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe contra o governo. O incidente com a irmã gerou a apreensão dos materiais e a suspensão das visitas, mas o comando militar não detalhou se outras medidas foram adotadas em relação à mulher. O caso segue sendo analisado pelo STF, enquanto a defesa espera uma reconsideração da decisão de Moraes.