Após dois anos dos atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro de 2023, diversas obras de arte e peças históricas depredadas foram restauradas e começaram a retornar ao Palácio do Planalto. Entre as peças reintegradas ao acervo está o relógio do século XVII, obra do relojoeiro francês Balthazar Martinot, que havia sido presenteado à família real portuguesa e trazido ao Brasil por Dom João VI. A restauração da peça, que envolveu materiais raros como casco de tartaruga e bronze descontinuado, foi realizada em parceria com o governo suíço.
Além do relógio, outras obras significativas como o quadro *As Mulatas*, do pintor Di Cavalcanti, e esculturas como *O Flautista*, de Bruno Giorgi, e *Galhos e Sombras*, de Frans Krajcberg, também passaram por um minucioso processo de recuperação. Esse trabalho foi conduzido por uma equipe de restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em um laboratório montado no Palácio da Alvorada, com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As iniciativas foram parte de um esforço para preservar o patrimônio histórico e cultural brasileiro.
As obras restauradas serão oficialmente reintegradas ao acervo durante um evento no Palácio do Planalto, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes dos Três Poderes. A cerimônia marca os dois anos dos ataques de 2023 e inclui um gesto simbólico de união com um abraço coletivo na Praça dos Três Poderes, reafirmando o compromisso com a democracia e a preservação do patrimônio nacional.