O patrocínio firmado entre a Vai de Bet e o Corinthians, que resultou em uma rescisão unilateral em junho de 2024, continua sendo investigado pela Polícia Civil. José André da Rocha Neto, empresário e proprietário da Vai de Bet, afirmou em depoimento que foi ele quem procurou o clube para oferecer o acordo. Ele negou qualquer envolvimento de intermediários na negociação, como alegado por outra parte envolvida, que afirmou ter encontrado a marca através do ChatGPT e ter facilitado o contato com o clube paulista. A versão de Rocha Neto contrasta com a de Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, que é apontado como intermediário no contrato.
De acordo com Rocha Neto, a negociação foi agilizada em um encontro com membros do Corinthians em São Paulo, onde ele fechou o acordo rapidamente para garantir o patrocínio. Após a assinatura, o empresário não teve mais contato com outros membros do clube, exceto com o diretor administrativo, com quem discutiu a utilização da marca da Vai de Bet. No entanto, após o escândalo envolvendo repasses suspeitos a empresas de fachada, Rocha Neto acionou o setor jurídico para rescindir o contrato, alegando que a imagem da empresa estava sendo prejudicada pelas notícias negativas.
A investigação também envolve transferências de dinheiro para empresas que teriam sido usadas como laranjas no processo. Alex Cassundé, por sua vez, negou envolvimento ilícito, alegando que seu papel se restringiu à mediação do contrato após encontrar a Vai de Bet por meio de uma ferramenta de inteligência artificial. A polícia aguarda mais informações financeiras para esclarecer o destino dos repasses e a possível participação de outras pessoas no caso, enquanto a situação interna no Corinthians também gera tensões políticas relacionadas ao cargo do presidente do clube.