Três ministros do partido Otzma Yehudit, de extrema-direita, renunciaram ao governo de Benjamin Netanyahu neste domingo (19), em protesto contra o acordo de cessar-fogo negociado com o Hamas. O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, o Ministro do Negev, Galileia e Resiliência Nacional, Yitzhak Wasserlauf, e o Ministro do Patrimônio, Amichai Eliyahu, deixaram seus cargos, alegando que o acordo representava uma rendição. O partido também anunciou que não faria mais parte da coalizão, destacando que a libertação de prisioneiros palestinos e o fim das operações militares seriam prejudiciais para a segurança de Israel.
Apesar da saída desses ministros, o governo de Netanyahu não está em risco iminente de cair, uma vez que outros membros da coalizão não seguiram o mesmo caminho. Bezalel Smotrich, outro ministro de extrema-direita, ainda não renunciou, mas expressou sua oposição ao cessar-fogo e ameaçou deixar o cargo caso Israel não retome as ações militares após a primeira fase da trégua.
A situação reflete o crescente desgaste dentro do governo israelense sobre a estratégia adotada no conflito com o Hamas, com vozes de extrema-direita criticando o que consideram uma concessão inaceitável. O acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor recentemente, gerou polarização política, especialmente entre aqueles que defendem uma abordagem mais agressiva e os que buscam uma resolução mais negociada para o conflito.