O estado do Pará, que será a sede da COP30, registrou um aumento significativo de 34% nos focos de incêndio em 2024, com 56.070 ocorrências, representando 20,1% dos incêndios florestais no Brasil. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam para um cenário preocupante, com o país como um todo somando 278,3 mil focos, um aumento de 46,5%. Apesar disso, o Pará alcançou a menor taxa de desmatamento em uma década, com uma redução de 28,4% em 2024, superando os resultados dos anos anteriores. Ainda assim, o estado lidera o desmatamento na Amazônia Legal, evidenciando os desafios ambientais complexos que enfrenta.
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará intensificou as ações para combater as queimadas, que têm sido agravadas pelas mudanças climáticas globais, com temperaturas recordes e períodos de seca. Apenas 30% do território paraense está sob jurisdição estadual, exigindo cooperação com o governo federal. O Pará integra o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (CIMAN), que reúne esforços de instituições federais e estaduais para alinhar estratégias de combate aos incêndios. Em setembro, o estado solicitou apoio adicional da União para reforçar os recursos destinados a essas ações.
No âmbito estadual, a Operação Fênix foi fortalecida com a adição de 40 bombeiros, totalizando 120 profissionais em campo, além de novos equipamentos, viaturas e helicópteros para ações aéreas. Apesar do aumento nos focos de calor devido à maior inflamabilidade da floresta, as autoridades destacam que a redução do desmatamento contribui para mitigar os impactos a longo prazo. A situação sublinha a importância de esforços coordenados e contínuos para preservar o bioma amazônico diante das crescentes ameaças ambientais.