O Papa Francisco nomeou a irmã Simona Brambilla, de 59 anos, para liderar o Dicastério do Vaticano para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, um dos escritórios mais relevantes da Santa Sé. Ela substitui o cardeal João Braz de Aviz, que ocupava o cargo desde 2011. Essa nomeação é um marco na gestão do papa, que tem promovido a ascensão de mulheres a postos de liderança no Vaticano ao longo de seu papado.
Além dessa nomeação histórica, Francisco também abriu espaço para a maior participação feminina no Sínodo dos Bispos, concedendo às mulheres o direito de voto, um pedido que se arrastava há décadas. A mudança permite que religiosas e outras mulheres ligadas à Igreja tenham uma voz ativa nas decisões ideológicas e estruturais da instituição. A medida reflete a visão de Francisco de que os leigos, incluindo as mulheres, devem assumir um papel mais significativo nos assuntos da Igreja.
Embora Francisco tenha promovido avanços para a inclusão feminina, ele ainda se mantém firme em sua posição de que o sacerdócio deve ser restrito aos homens. Apesar das críticas, o papa continua defendendo a ideia de que Jesus escolheu apenas homens como apóstolos, argumento que sustenta a exclusão feminina da ordenação sacerdotal. No entanto, ele tem se mostrado sensível a questões de igualdade de gênero, como a disparidade salarial e a violência contra as mulheres, condenando essas injustiças em seus discursos.