Centenas de panamenhos participaram de uma passeata nesta quinta-feira para marcar o aniversário da revolta de 1964 contra o controle norte-americano do Canal do Panamá. O evento, lembrado como o Dia dos Mártires, homenageia os mais de 20 panamenhos mortos nos confrontos, em sua maioria estudantes, além de relembrar os três soldados norte-americanos que também perderam a vida. O incidente é visto como um marco na luta pela soberania do país e a posterior transferência do canal para o controle panamenho, em 1999.
Durante a marcha, manifestantes entoaram palavras de ordem e prestaram homenagens no monumento da chama eterna, que celebra a memória dos mortos de 1964. Autoridades como o presidente panamenho participaram das cerimônias, reforçando a importância histórica do episódio e destacando o sacrifício dos mártires. O protesto também contou com críticas ao aumento da influência estrangeira e reafirmações da soberania nacional sobre o canal, um símbolo central de identidade para o Panamá.
Recentes comentários internacionais, que questionam a administração panamenha do canal, reacenderam o debate sobre o controle estratégico da passagem. Autoridades panamenhas garantiram que a administração do canal permanece nas mãos do país e seguirá assim. A manifestação, além de ser um tributo histórico, enviou uma mensagem clara ao mundo: o Canal do Panamá é uma conquista soberana e continuará sendo administrado exclusivamente pelos panamenhos.