Neste domingo (19), milhares de pessoas tomaram as ruas da Cidade de Gaza para comemorar o acordo de cessar-fogo, embora a implementação tenha enfrentado um atraso. O adiamento ocorreu após uma solicitação do governo de Israel para que o grupo envolvido no conflito fornecesse os nomes de três reféns a serem libertados, o que não foi possível devido a questões técnicas, segundo o grupo. A trégua foi finalmente acordada para entrar em vigor às 11h15, horário local, após a definição dos reféns a serem liberados.
O acordo de cessar-fogo inclui a libertação de 737 prisioneiros palestinos na primeira fase, conforme confirmado pelo Ministério da Justiça de Israel. Além disso, prevê um aumento significativo na ajuda humanitária para Gaza, com 600 caminhões de socorro entrando na região diariamente, o que representa uma elevação em relação ao número de caminhões que atravessaram a fronteira no início de janeiro. No entanto, a ONU advertiu que essa quantidade de ajuda é apenas um primeiro passo para enfrentar a grave crise humanitária que afeta o enclave.
Apesar do acordo de cessar-fogo, os ataques aéreos israelenses não cessaram por completo, e novos confrontos já resultaram em mortes e feridos, especialmente no norte da Cidade de Gaza. De acordo com a Defesa Civil de Gaza, 122 pessoas perderam a vida, entre elas 33 mulheres e 33 crianças. As autoridades locais indicam que a situação continua extremamente tensa, apesar da trégua, e alertam para a complexidade da crise que afeta a população civil.