Representantes de dez países latino-americanos, incluindo México, Brasil, Colômbia, El Salvador, Cuba e Venezuela, se reuniram em 16 de novembro para coordenar estratégias de proteção aos migrantes que vivem nos Estados Unidos. A reunião aconteceu no contexto das ameaças de deportação em massa feitas pelo então presidente eleito Donald Trump. O governo mexicano, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, destacou a importância de uma cooperação regional para lidar com a questão migratória de forma mais eficiente e humana.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, enfatizou a necessidade de evitar a migração desordenada, ressaltando que muitos migrantes não escolhem deixar seus países, mas o fazem por necessidade. Ela defendeu que, para resolver o fenômeno migratório, é essencial investir no desenvolvimento das nações de origem, garantindo condições que diminuam as causas da migração. Sheinbaum também mencionou a importância de destacar o valor dos migrantes mexicanos para a economia dos Estados Unidos, com o objetivo de influenciar as políticas do novo governo americano.
Além disso, a presidente afirmou que, apesar das possíveis medidas restritivas que a administração de Trump possa adotar, o México está preparado para receber os migrantes que forem deportados, aguardando as ações do governo dos EUA. O evento em questão também resultou em uma nova reunião entre os chanceleres latino-americanos para definir novas ações de cooperação migratória, em um esforço conjunto para minimizar os impactos das políticas de imigração mais severas que estavam sendo planejadas.