Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), propôs a criação de um pacto nacional envolvendo os três Poderes, empresários e trabalhadores, com o objetivo de definir uma agenda mínima para garantir o crescimento econômico sustentável no Brasil. Em um comunicado de 31 parágrafos, Alban destacou os riscos das altas taxas de juros e da desvalorização cambial, que poderiam prejudicar os investimentos produtivos e agravar a instabilidade econômica. A proposta visa restaurar a confiança na economia e evitar o retrocesso após sinais recentes de recuperação.
Alban apontou que, apesar das medidas de contenção de gastos já implementadas, um pacto mais abrangente é necessário para garantir um equilíbrio fiscal duradouro e condições favoráveis ao crescimento. A ideia central seria alinhar metas fiscais e políticas econômicas estruturantes, além de estimular a continuidade de investimentos em áreas como infraestrutura, educação, inovação e tecnologia. Segundo o presidente da CNI, é crucial que os setores público e privado trabalhem em conjunto para evitar uma nova fase de estagnação econômica e incertezas.
A proposta de pacto nacional se torna ainda mais relevante diante do histórico recente de estagnação do Brasil, quando o país passou anos com crescimento quase nulo. Alban defendeu que um consenso sobre políticas fiscais e a preservação de medidas de estímulo à competitividade no médio e longo prazo seriam fundamentais para consolidar um ciclo de prosperidade. O sucesso desse esforço, segundo ele, depende da união e coordenação entre todos os atores envolvidos, a fim de dissipar expectativas negativas e promover uma expansão econômica inclusiva e sustentável.