A Prefeitura de São Paulo emitiu um alvará temporário para a realização da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior (Copinha) no estádio do Pacaembu, no próximo sábado (25). A autorização permite um público de até 20 mil pessoas, um número inferior à capacidade desejada pela Federação Paulista de Futebol (FPF), que era de 26 mil. O novo Pacaembu, que passou por obras de revitalização pela Concessionária Allegra Pacaembu, ainda não tem o termo de aceite definitivo, que atestaria a conclusão total da reforma, mas a Secretaria Municipal de Licenciamento e Urbanismo (SMUL) garantiu que não há riscos para o evento.
Embora o estádio tenha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) desde setembro de 2024, o processo para a liberação do alvará definitivo está atrasado devido à falta do termo de aceite. Este documento formalizaria que a reforma foi realizada conforme o contrato assinado em 2019 e permitiria a emissão de uma licença definitiva para a realização de eventos no local. A demora na conclusão do aceite está relacionada a intervenções adicionais feitas pela concessionária durante a obra, que não foram formalmente adicionadas ao contrato original.
Outro fator que tem gerado preocupação é a ausência de um gestor responsável pela fiscalização do contrato entre a Prefeitura e a Allegra Pacaembu. Após a transferência de Eduardo Cappellini, o gestor anterior, o cargo ficou vago, e a fiscalização passou a ser feita por servidores com funções diferentes da prevista pela legislação. A Secretaria Municipal de Esportes afirmou que uma comissão técnica acompanha as obras e que a fiscalização está em conformidade com as normas, embora a falta de um gestor formal ainda gere dúvidas sobre o processo de aceitação final da reforma.