O preço do ouro registrou sua terceira alta consecutiva, impulsionado pela busca de investidores por ativos considerados porto-seguro em meio a crescentes incertezas nos mercados globais. O metal precioso subiu 0,68%, atingindo US$ 2.690,80 por onça-troy na Comex. No entanto, as declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) sobre uma postura mais cautelosa na política monetária e as especulações sobre possíveis aumentos de tarifas por parte do presidente eleito dos EUA limitaram os ganhos, gerando uma expectativa de maior volatilidade.
Especialistas indicam que o cenário atual reflete uma expectativa de que o Fed não reduzirá as taxas de juros em sua próxima reunião, marcada para janeiro. No entanto, o futuro da política monetária permanece incerto, com analistas divididos sobre o foco do banco central: se em combater a inflação com uma postura mais rígida ou em estimular o crescimento econômico com uma política mais flexível. O efeito dessas decisões sobre os mercados financeiros segue sendo uma questão central de especulação.
Por outro lado, a demanda de ouro pelos bancos centrais, em especial o Banco Central da China, e as tensões geopolíticas, como a continuidade do conflito na Ucrânia e incertezas sobre a política comercial dos EUA, têm contribuído para o fortalecimento dos preços do metal. A adoção de estratégias de maior cautela por parte dos investidores, em resposta a esses fatores, impulsiona ainda mais a demanda por ouro como reserva de valor.