O ouro registrou alta nesta quinta-feira, 16, impulsionado pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) americano de dezembro, que sinalizou uma possível desaceleração da inflação nos Estados Unidos. Esse cenário alimenta a expectativa de uma política monetária mais flexível por parte do Federal Reserve (Fed) em 2025, o que enfraquece o dólar e reduz os rendimentos dos Treasuries, favorecendo o metal precioso. O contrato mais líquido de ouro para fevereiro subiu 1,22%, alcançando US$ 2.750,90 por onça-troy na divisão Comex da Bolsa de Metais de Nova York (Nymex).
A moderação na inflação americana tem sustentado um sentimento positivo no mercado, reforçando a perspectiva de redução nas taxas de juros pelo Fed, que beneficiaria ativos como o ouro, que não rendem juros. Além disso, incertezas relacionadas a políticas econômicas futuras dos EUA, especialmente no comércio global, reforçam o status do ouro como porto seguro. Entretanto, a diminuição de tensões no Oriente Médio pode limitar essa busca por segurança, que vinha sendo um dos fatores de alta nos últimos meses.
Notícias recentes, como a possibilidade de um cessar-fogo no Mar Vermelho e na Faixa de Gaza, também impactam o mercado. O anúncio esperado do fim das hostilidades pelos Houthis pode aliviar ainda mais as tensões geopolíticas, reduzindo a procura por ativos de refúgio como o ouro. Apesar disso, o metal permanece em alta devido ao otimismo econômico e às expectativas de mudanças na política monetária americana.