O ouro registrou queda pela segunda sessão consecutiva, encerrando o pregão com recuo de 0,27%, cotado a US$ 2.647,40 por onça-troy na Comex, divisão de metais da Nymex. A retração reflete as incertezas do mercado quanto à demanda futura, com analistas apontando para possíveis pressões negativas sobre o preço do metal precioso nos próximos meses. Especialistas destacam que a perda de força de fatores de alta pode abrir espaço para realizações de lucros mais intensas, especialmente se barreiras técnicas forem rompidas.
Instituições financeiras como o TD Securities sinalizam que o ciclo de compras físicas de ouro chegou ao fim e que alguns fundos macro já começaram a liquidar posições longas no ativo. Apesar disso, fatores externos continuam influenciando a demanda. A possibilidade de novas tarifas nos Estados Unidos e o enfraquecimento do yuan podem estimular a procura por ativos de proteção na China, enquanto a Índia e bancos centrais também desempenham papel relevante na manutenção de um nível de demanda resiliente.
Ainda que o cenário inclua desafios, como a redução nas expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, o Bank of America avalia que a crescente demanda de grandes economias asiáticas deve compensar parte dos fatores negativos. Assim, o mercado de ouro segue dividido entre as pressões de curto prazo e as perspectivas de suporte no médio prazo, em um ambiente de alta volatilidade e incerteza global.