O sul da Califórnia passou de um inverno devastador, marcado por chuvas torrenciais e inundações, para uma seca extrema, criando um cenário favorável para incêndios florestais de grandes proporções. As chuvas do inverno passado promoveram o crescimento de vegetação, que, com a seca e o calor intensos subsequentes, se transformou em combustível para as chamas. A situação foi agravada por uma tempestade de ventos fortes, que espalhou os incêndios com velocidade, tornando difícil o trabalho de contenção pelos bombeiros. Este fenômeno demonstra como oscilações climáticas extremas, impulsionadas pelas mudanças climáticas, têm se tornado mais frequentes e intensas, ampliando os riscos de desastres naturais como incêndios e inundações.
A Califórnia, devido ao seu clima mediterrâneo, já era vulnerável a períodos de seca e de chuvas intensas. Contudo, com o aquecimento global, essas oscilações de condições climáticas extremas estão se intensificando. De acordo com especialistas, os padrões climáticos irregulares, como as longas secas seguidas de chuvas intensas, agravam a probabilidade e a gravidade de incêndios florestais. Além disso, a mudança nos ciclos climáticos tem tornado imprevisível o comportamento dos desastres naturais, o que representa um grande desafio para a gestão de riscos e para as políticas de prevenção.
A temporada de incêndios na Califórnia, tradicionalmente restrita aos meses mais quentes do ano, agora parece ser uma ameaça constante, sem uma “temporada” definida. O aquecimento global altera a dinâmica dos desastres, e meteorologistas preveem riscos elevados para os próximos meses, com potenciais incêndios até janeiro. As mudanças climáticas estão tornando mais difícil prever com precisão quando e como as chuvas fortes chegarão para mitigar os incêndios, o que agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade da região.