O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Orçamento de 2025 foi o tema central de um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 6 de janeiro. A votação do orçamento está prevista para fevereiro, mas, enquanto não for aprovado, o governo enfrentará algumas restrições no início do ano. No entanto, a área econômica acredita que não haverá impacto significativo nas operações do governo, já que o ritmo de execução costuma ser mais lento nesse período. A demora na aprovação do orçamento em 2024 foi atribuída à falta de consenso sobre medidas de corte de gastos, como as relacionadas ao salário mínimo e ao abono salarial.
Segundo Haddad, não houve discussões sobre novos cortes de gastos durante a reunião com o presidente, apesar de ele ter indicado, no final de 2024, que levaria novas propostas ao governo. O ministro também se pronunciou sobre a possibilidade de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a saída de dólares do Brasil, negando essa hipótese. A alta do dólar, que gerou preocupações no mercado financeiro, é vista por Haddad como parte de um processo natural de acomodação, após tensões econômicas no final de 2024, tanto no Brasil quanto no cenário global.
Além disso, Haddad descartou a mudança do regime de câmbio flutuante, defendido pela política econômica atual. O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também reforçou que não houve ataque especulativo à moeda, e que os movimentos no mercado de câmbio são naturais, com posições contrárias de investidores. Ele destacou a atuação do Banco Central, que intervém para evitar distorções no preço do dólar ou movimentos bruscos, utilizando as reservas internacionais como mecanismo de estabilidade.