O opositor Edmundo González Urrutia, que se considera o vencedor das recentes eleições presidenciais na Venezuela, anunciou que retornará ao país em breve para assumir a presidência. Ele declarou que Nicolás Maduro, ao assumir um terceiro mandato consecutivo, violou a Constituição e se autoproclamou ditador, o que, segundo González, configura um golpe de Estado. O opositor, que tem o apoio de nações como os Estados Unidos e Argentina, afirmou que o regime de Maduro não tem apoio popular nem de governos democráticos, com exceção de alguns regimes aliados.
González também ordenou que o alto comando militar venezuelano desconsiderasse as ordens de Maduro e preparasse as condições de segurança para sua posse. Em um comunicado, o opositor afirmou que os militares devem obedecer ao povo e a ele, como presidente eleito. Ele também mencionou a dificuldade em entrar na Venezuela devido ao fechamento de fronteiras e outras medidas de segurança adotadas pelo regime, e que está trabalhando para garantir um retorno seguro e oportuno ao país.
Enquanto isso, Maduro foi empossado nesta sexta-feira em uma cerimônia no Parlamento controlado por seu governo, com apoio das Forças Armadas e de seus aliados políticos. A autoridade eleitoral proclamou Maduro vencedor com 52% dos votos, embora os detalhes da apuração não tenham sido apresentados. A oposição, por sua vez, argumenta que González foi o verdadeiro vencedor das eleições, com 70% dos votos, e que sua posse é uma questão de legítima soberania popular.