Na quinta-feira (9), Edmundo González, opositor que disputou a presidência da Venezuela, pediu a libertação imediata de María Corina Machado, que foi detida após participar de um protesto em Caracas. A prisão de Machado, figura de destaque da oposição, gerou forte reação entre seus apoiadores e líderes internacionais, que condenaram a ação e solicitaram garantias de sua integridade física e liberdade de expressão. Além disso, denúncias indicam que disparos foram feitos contra ela durante o evento. A detenção ocorre em um contexto de crescente repressão a líderes da oposição, especialmente em véspera da posse de Nicolás Maduro.
Diversos países e organizações internacionais se manifestaram em apoio a Machado, destacando a situação de vulnerabilidade da oposição na Venezuela. O presidente do Panamá e o ex-presidente da Argentina, entre outros, pediram pela libertação de Machado e denunciando o que consideram ser um regime autoritário no país. Enquanto isso, em Caracas, multidões de manifestantes favoráveis à oposição saíram às ruas pedindo liberdade, enquanto simpatizantes do governo de Maduro também realizaram atos em apoio ao presidente reeleito.
A crise política e eleitoral na Venezuela segue sem resolução clara, com a oposição questionando os resultados das eleições de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro vencedor. A oposição, por sua vez, alega vitória para González, com base em atas eleitorais não reconhecidas oficialmente. A situação é agravada por perseguições e prisões de opositores, com mais de 2.400 pessoas detidas desde o pleito e vários mortos, segundo ONGs de direitos humanos.