A posse de Nicolás Maduro em 10 de janeiro, apesar das acusações de fraude eleitoral, desanimou grande parte da oposição venezuelana e reduziu as expectativas de uma mudança política no país. Embora a oposição, liderada por Edmundo González, tenha conquistado uma vitória expressiva nas urnas em julho, os resultados não foram reconhecidos, e Maduro iniciou seu terceiro mandato. A repressão às manifestações, o exílio de líderes políticos e a crescente violência contra opositores reforçaram a sensação de estagnação na busca por uma transição democrática.
Diante desse cenário, analistas sugerem que a oposição precisará se adaptar a uma nova realidade política. Grandes manifestações de rua, que no passado serviram como instrumento de pressão, já não parecem viáveis devido ao medo de repressão. A oposição deve focar em estratégias mais discretas, com ações menores e mais coordenadas, além de trabalhar na preservação de seus partidos e no fortalecimento das bases populares. Esse processo inclui uma conexão mais direta com a sociedade civil e movimentos sociais, sem promessas imediatas de mudanças.
A comunidade internacional continua sendo um fator importante no apoio à oposição, com destaque para a postura dos Estados Unidos, que podem influenciar as ações de Maduro por meio de sanções ou negociações. Além disso, a crescente diáspora venezuelana também oferece um potencial para fortalecer a luta por mudanças, mantendo uma coesão entre os venezuelanos dentro e fora do país. O futuro político da Venezuela depende de uma combinação de mobilização interna e apoio externo, enquanto o governo de Maduro busca consolidar seu poder com novas eleições previstas para 2025.