A líder oposicionista venezuelana María Corina Machado foi presa nesta quinta-feira (9) enquanto participava de um protesto contra o governo de Nicolás Maduro na região de Caracas. Ela havia feito sua primeira aparição pública em cinco meses ao discursar para manifestantes em Chacao, onde foi interceptada e detida de forma violenta. De acordo com seu partido, membros do regime de Maduro atacaram os veículos que a transportavam, levando à prisão da líder.
A prisão gerou reações contundentes, com figuras da oposição e governantes internacionais exigindo sua liberação imediata. O líder opositor Edmundo González Urrutia, que se considera vencedor das últimas eleições presidenciais no país, condenou a detenção e classificou a ação como um ataque ao movimento democrático. O presidente argentino, Javier Milei, também manifestou extrema preocupação com o ocorrido e pediu a repudia de governos da região contra a violência cometida pelo regime venezuelano.
O contexto político da Venezuela é marcado pela contestação das últimas eleições presidenciais, ocorridas em julho de 2024. A autoridade eleitoral, alinhada com o governo de Maduro, declarou o atual presidente vencedor, enquanto a oposição reivindica a vitória de González, cujos apoios internacionais, incluindo dos Estados Unidos, indicam sua posição como presidente eleito. A tensão no país persiste, e o governo Maduro continua acusando a oposição de incitar movimentos contra o regime.