Partidos de oposição e organizações não governamentais da Venezuela denunciaram a prisão de diversos ativistas e figuras políticas, incluindo um defensor da liberdade de imprensa, pouco antes de manifestações planejadas contra a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, em janeiro. De acordo com o partido Vontade Popular, pelo menos 19 pessoas foram detidas em todo o país, em um contexto de crescente repressão governamental. Essas detenções acontecem enquanto o governo investiga líderes opositores, acusando-os de conspiração e incitação à violência durante as disputas eleitorais.
O governo venezuelano, que reconhece a vitória de Maduro nas eleições de julho, mas não divulga os resultados completos, enfrentou críticas por sua postura autoritária e por prender milhares de manifestantes após os protestos eleitorais. Embora a oposição tenha divulgado números que apontam uma vitória para seu candidato, Edmundo González, o governo alega que tais declarações são parte de uma tentativa de desestabilizar o regime. O presidente Gustavo Petro, da Colômbia, criticou as prisões, mas se absteve de romper relações comerciais com o governo venezuelano.
A líder oposicionista María Corina Machado, que foi impedida de se candidatar em 2024, reiterou seu apoio a manifestações contra o governo, embora sem revelar detalhes sobre sua participação. Ela também pediu apoio das forças de segurança venezuelanas para a causa da oposição. Enquanto isso, líderes da oposição continuam a pressionar por maior liberdade política e por mudanças no sistema eleitoral, acusando o governo de manipulação e repressão sistemática dos dissidentes.